O desembargador Jorge Luiz Borba, do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, está sendo alvo de buscas nesta terça-feira (6) em uma operação que investiga suspeitas de envolvimento em trabalho escravo. O mandado está sendo cumprido em sua residência em Florianópolis.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Borba é suspeito de manter uma mulher surda e muda em condições semelhantes à escravidão, juntamente com sua esposa, por um período de 20 anos, para realizar serviços domésticos na residência do casal.
O MPF também afirmou que a trabalhadora era vítima de maus-tratos devido às condições precárias em que vivia e à recusa dos investigados em fornecer assistência médica.
Jorge Luiz Borba foi nomeado desembargador em 2008. Até o momento da última atualização desta reportagem, a defesa do magistrado não havia sido encontrada. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) também não havia se manifestado quando procurado.
A informação sobre a operação e a identidade do desembargador foi inicialmente divulgada pela jornalista Camila Bomfim, da Globonews.
A ação em andamento está sendo coordenada pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Previdência. O Ministério Público do Trabalho (MPT) informou que o caso está sob sigilo. A Polícia Federal e o Ministério do Trabalho estão acompanhando o cumprimento das diligências.