O Ministério Público de São Paulo, por intermédio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e em conjunto com o 4º Batalhão de Polícia Ambiental em São José do Rio Preto, deflagrou nesta sexta-feira (2/6) a Operação Arapuca, destinada a reprimir uma rede de caçadores ilegais que se associaram para a prática de múltiplos crimes (artigo 288, do Código Penal). Entre os delitos identificados estão os de ordem ambiental, em especial contra a fauna (artigo 29, da Lei nº 9.605/1998), posse e porte ilegal de armas de fogo e munições (artigos 12, 14 e 16 do Estatuto do Desarmamento), disparo de arma de fogo (artigo 15 do Estatuto do Desarmamento) e comercialização de arma fogo e munições (artigo 15 do Estatuto do Desarmamento). Os investigados agiam de forma reiterada e constituinte de atividade comercial clandestina na região de São José do Rio Preto, a partir do município de Ibirá.
As autoridades cumpriram 14 mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária nos municípios de Ibirá (incluindo o distrito de Termas de Ibirá), Paraíso e Palmares Paulista, todos expedidos pela 1ª Vara Criminal de Catanduva. Até o momento, foram presas oito pessoas em flagrante, sendo três delas detidas também temporariamente. Houve a apreensão de dez armas de fogo e petrechos de recarga, além de 13 quilos de carne de capivara e dois cães em situação de maus-tratos.
Realizada às vésperas do Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), a operação conduzida pelo Ministério Público em parceria com a Polícia Ambiental teve como um dos objetivos desmantelar a comercialização ilícita de armas de fogo para reduzir o tráfego de instrumentos bélicos na região. De acordo com o GAECO, a circulação ilegal de armamentos expõe à risco não apenas os bens jurídicos ambientais, mas a própria paz pública e a integridade física dos cidadãos.
Redação Jurinews, com informações do MP-SP