A procuradora Carla Fleury de Souza, de Goiás, expressou críticas à remuneração dos membros do Ministério Público. Durante a sessão do Conselho do Ministério Público goiano na segunda-feira (29), sua declaração sobre seu salário de cerca de R$ 37 mil repercutiu nas redes sociais.
Ela afirmou que o dinheiro que recebe é destinado apenas às suas “vaidades”. Carla declarou: “Graças a Deus, meu marido é independente. Eu não mantenho minha casa. O meu dinheiro é só para fazer minhas vaidades. Graças a Deus. Só para os meus brincos, minhas pulseiras, meus sapatos”.
Durante seu discurso na sessão ordinária, a procuradora também expressou preocupação com a desvalorização salarial e demonstrou empatia pelos promotores que estão no início de carreira, uma vez que o valor que recebem é menor. Ela ressaltou: “Pensemos nos promotores… Uma coisa eu digo: eu tenho compaixão pelos promotores que estão começando a carreira, os promotores que têm filhos na escola, porque o custo de vida hoje em dia é muito alto”. O salário inicial de um promotor do Ministério Público é em torno de R$ 33,6 mil.
Outros promotores presentes na sessão também expressaram lamentações sobre a situação salarial da categoria. De acordo com reclamações feitas nas redes sociais e nos comentários do canal do Youtube do MPGO, os servidores estão endividados, enfrentando dificuldades financeiras e sofrendo problemas de saúde mental, enquanto aguardam ser valorizados.