A desembargadora Carmen Lúcia da Silva, da 25ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), emitiu uma determinação para a penhora dos rendimentos provenientes da bilheteria de um show realizado pelo cantor Lobão no último sábado, 20 de maio. Essa decisão foi tomada em resposta a um processo movido por um escritório de advocacia, que está cobrando por serviços prestados ao artista. As informações foram divulgadas pelo colunista Rogério Gentile.
Na decisão, a magistrada afirmou: “Defiro parcialmente o pedido de antecipação da tutela para aumentar o percentual da penhora para 30% dos valores a serem recebidos pelo executado [cantor] no show a ser realizado no dia 20/05/2023, na casa Tokio Marine Hall”.
O show mencionado pela desembargadora foi uma apresentação de rock realizada pelo cantor em colaboração com a banda Biquini, em São Paulo, e os ingressos foram vendidos com preços variando entre R$ 200 e R$ 380.
De acordo com a decisão judicial, o escritório de advocacia solicitou a penhora integral de todos os créditos que seriam destinados ao pagamento da apresentação do cantor, alegando que ele é “sócio e administrador de uma empresa e reside em um bairro nobre na capital, sendo inegável sua notória estabilidade socioeconômica”.
O Terra tentou entrar em contato com a assessoria de Lobão, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem. O espaço permanece aberto para manifestações.
Conforme relato de Rogério Gentile, o escritório de advocacia Bichara Advogados iniciou o processo contra o cantor alegando falta de pagamento pelos serviços prestados nos anos de 2014 e 2015. O valor da dívida é de aproximadamente R$ 281 mil.
No entanto, Lobão alega perante a Justiça que o escritório foi contratado para lidar com questões relacionadas ao espólio de seu pai, que faleceu em 2004, e que sua responsabilidade na dívida é parcial.
