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É PAI DO SÓCIO DE MORO: Renan Calheiros vai ao CNJ pedir afastamento do desembargador do caso Tacla Duran

jurinews.com.br

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O senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que vai ingressar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para pedir o afastamento do desembargador Marcelo Malucelli do caso Tacla Duran. O magistrado restableceu a prisão do ex-advogado da Odebrecht, desafeto do ex-juiz e hoje senador Sergio Moro (União Brasil – PR).

Malucelli é pai do advogado João Eduardo Malucelli, que integra, como sócio, a Wolff & Moro Sociedade de Advogados, escritório de advocacia do senador Sergio Moro e sua esposa, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil – SP).

A proximidade não para por aí. João Malucelli, filho do desembargador que mandou prender Tacla Dura, é “genro” de Moro –  ele namora a filha do ex-juiz com Rosângela, a jovem Júlia Wolff Moro, que tem 22 anos. 

“Entrarei no CNJ pedindo o afastamento do desembargador Marcelo Malucelli que restabeleceu a prisão de Tacla Duran, vítima de extorsão da Lava Jato. O filho dele, João Malucelli, é sócio de Sergio Moro em um escritório de advocacia. Espero a condenação que foi dada a Dallagnol”, escreveu Renan Calheiros em postagem em suas redes sociais.

Em seguida, o senador usou o conhecido poema de Carlos Drummond de Andrade, “A Quadrilha”, para denunciar as relações entre as famílias Moro e Malucelli.

“O juiz Marcelo Malucelli amava o filho, João Malucelli que amava Júlia Moro, que amava os pais, Rosângela e Sergio Moro, sócios do genro João Malucelli, que amava o pai, Marcelo Malucelli, que não amava nenhum deles e só quer contar uma história”, completou o senador.

QUEDA DE BRAÇO

A prisão preventiva de Tacla Duran foi decretada na terça-feira (11) pelo desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ªRegião, Marcelo Malucelli. O advogado mora na Espanha e após a decisão informou que não voltaria ao Brasil.

Marcelo Malucelli revogou a decisão de Eduardo Appio, juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, que havia suspendido a ordem de prisão de Tacla Duran.

A decisão do novo titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, agora revogada, se deu após o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspender cinco ações penais ligadas à operação, sendo que uma delas envolvia Duran.  

A nova ordem de prisão emitida por Malucelli se dá semanas após a denúncia-bomba feita por Duran em depoimento ao juiz Appio acusando Moro e o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que é ex-procurador da Lava Jato, de extorsão, da qual foi vítima no âmbito da operação.  

O desembargador, ao emitir ordem de prisão preventiva contra Tacla Duran, acaba beneficiando Moro, alvo de denúncias graves feitas pelo advogado que prestaria novo depoimento que poderia fazer avançar a investigação contra o ex-juiz. 

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