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Iniciativa de advogados voluntários ajuda na mudança do ambiente escolar

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Uma iniciativa de advogados voluntários já está ajudando a mudar o ambiente escolar em pelo menos cinco estados. Nem matemática, nem português. O assunto da aula é Direito. E sobre isso, dá para falar muita coisa. “Para mim, o Direito é a nossa liberdade, mas também o conhecimento dos nossos deveres”, diz a estudante Ana Clara Barbosa, de 16 anos.

Os alunos estão no Ensino Médio. Os professores são advogados, que deixam os escritórios e trabalham como voluntários na missão de traduzir assuntos que podem parecer complicados de um jeito mais simples.

“É transformar esses jovens em melhores cidadãos. Não apenas com conhecimento do que é o direito mesmo, mas os seus deveres e a responsabilidade do cuidado tanto com eles quanto com o restante porque a sociedade é um conjunto”, conta a advogada voluntária Franciane Valéria.

O projeto começou em Belo Horizonte, foi para outras 70 cidades de Minas Gerais e está ganhando novas escolas Brasil afora.

“Bahia, Rondônia, Maranhão, Espírito Santo. Hoje nós temos mais de cinco mil advogados que fizeram a nossa capacitação para atuarem nas escolas como voluntários ,ensinando a ciência do direito”, afirma o fundador do Programa Direito na Escola, Lucas Andrade.

ão vários encontros ao longo do ano. Sempre com rodas de bate papo e falando sério. É aí que os alunos entendem que o Direito vai além de leis, regras e deveres. Tem a ver com cidadania. Essa conversa só dura 50 minutos, mas já mudou o comportamento de muitos deles para além da sala de aula.

“E após entender o que é o direito, quais os direitos e deveres deles de uma forma mais ampla. Essa mudança nas redes sociais e dentro da sala de aula foi muito perceptível”, diz o diretor da escola, Rafael Jamarino.

Os alunos debatem temas como cyberbullying, crimes virtuais, bullying, racismo, atos infracionais. “Muitas pessoas agora sabem que todos devemos respeitar a diferença”, conta a estudante Thayná Gabriela Lopes, de 16 anos.

Thaís foi aluna da escola. Hoje é voluntária. “Se na minha época tivesse tido acesso a essas informações, com toda certeza eu teria me desenvolvido melhor como profissional e muitos colegas não teriam se envolvido em crimes ou em outros problemas que a gente sabe que infelizmente acontece”, diz a advogada Thaís Felício.

São encontros que inspiram.

“Eu acabei criando paixão por essa profissão e quando eles vieram me interessei ainda mais”, conta a estudante Ana Luiza Oliveira, de 16 anos.

Com informações do G1

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