Morreu nesta segunda-feira (6) o advogado Leandro Mathias Novaes. No último dia 16, o profissonal de 40 anos foi atingido no abdômen pela própria arma, que disparou de forma acidental, no momento em que ele acompanhava sua mãe na realização de um exame de ressonância magnética, no Jardim Paulista, em São Paulo.
“É com profundo pesar que a OAB Cotia comunica a todos os colegas advogados a perda inesperada do nosso querido amigo e advogado. Lamentamos a perda e nos solidarizamos com a família neste momento de dor”, informou a subseccional da OAB-SP na qual o advogado era inscrito.
Favorável a políticas armamentistas, Leandro costumava usar seu perfil nas redes sociais para tirar dúvidas de internautas sobre arma e também registro de colecionador, atirador desportivo e caçador (CAC).
Pistola e 30 munições
De acordo com a polícia, o advogado entrou na sala do exame com uma pistola 9 milímetros, pente extra e 30 munições. Logo que a máquina começou a funcionar, ela puxou a arma como se fosse um imã. Assim que ela bateu no aparelho, houve o disparo. Por pouco, o tiro não atingiu funcionários.
O exame capta imagens de órgãos e tecidos a partir de um campo magnético. Devido a essa característica, não é recomendado o porte ou uso de objetos metálicos durante a realização do procedimento. O advogado foi alertado sobre os riscos oferecidos pelo equipamento.
“Antes de entrar no local, o homem assinou um termo de contraindicação de campo magnético para os acompanhantes. Ele foi socorrido ao Hospital São Luiz, onde permaneceu internado”, disse a polícia. Ao verificarem o número da arma, as autoridades constataram que ela estava no nome da vítima, que possuía autorização para o porte.
Em nota, o laboratório disse ainda que eles foram alertados sobre a retirada de todo e qualquer objeto metálico para entrarem na sala de exame e que ambos assinaram termo de ciência com relação a essa orientação.
A Polícia Civil investiga o caso como disparo de arma de fogo. Leandro possuía autorização para portar a arma. O 14º Distrito Policial (DP), em Pinheiros pediu que o Instituto de Criminalística (IC) periciasse a arma e o local onde ocorreu o disparo.
Com informações do G1