A defesa do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) do afastamento do chefe do Executivo nesta semana. A afirmação é do advogado Cleber Lopes, que representa o político.
“Não obstante tudo isso, a defesa considera que a investigação já mostrou todas as circunstâncias do que se deu antes, durante e depois do fatos do dia 8 de janeiro e, consequentemente, que já é hora de o governador ser reconduzido ao mandato. Ao final do inquérito esperamos o arquivamento”, diz a nota enviada por Lopes e por Alberto Toron, que também integra a defesa.
Segundo Lopes, a defesa vai incluir entre os argumentos a revogação da prisão preventiva do ex-Comandante-geral da Polícia Militar, Fábio Augusto Vieira.
A decisão de relaxar a detenção foi do ministro Alexandre de Moraes, no âmbito dos inquéritos que apuram ações e omissões de autoridades nos atos antidemocráticos. Com isso, Vieira está em liberdade provisória.
Ele foi exonerado da PM em 8 de janeiro, após os ataques que resultaram na depredação dos prédios sede dos Três Poderes em Brasília. Na ocasião, Moraes também decidiu pelo afastamento de Ibaneis por 90 dias. Nesse período, a vice, Celina Leão (PP), assumiu o posto e a segurança pública do DF foi colocada sob intervenção federal por um mês.
No entanto, em 27 de janeiro, ao final dos trabalhos, o interventor Ricardo Cappelli apresentou um relatório das apurações sobre os ataques, e concluiu que Vieira, apesar de comandar as tropas, não teve responsabilidade direta sobre a falha de segurança que resultou na vandalização dos edifícios e obras de arte.
É a partir dessa análise que os advogados de Ibaneis pretendem recorrer ao STF para antecipar o retorno do governador ao cargo.
Ibaneis já prestou depoimento à Polícia Federal e entregou seu celular para a perícia espontaneamente. Em depoimento, ele afirmou acreditar em uma sabotagem na segurança pública do Distrito Federal e disse desconhecer que o movimento bolsonarista praticaria atos criminosos nas sedes do Poderes.
Com informações da CNN