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APÓS ROMBO DE R$ 40BI: Lojas Americanas pedem recuperação judicial ao Tribunal de Justiça do Rio

jurinews.com.br

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As Lojas Americanas formalizaram nesta quinta-feira (19), na 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), o pedido de recuperação judicial, processo em que uma empresa tenta renegociar dívidas para evitar falência.

A medida acontece oito dias após a varejista informar ao mercado a existência de um rombo contábil de R$ 20 bilhões em seu balanço financeiro. Ao todo, a empresa informou que acumula mais de R$ 40 bilhões em dívidas.

“A Americanas é, sem receio de se estar cometendo um exagero, uma gigante nos mercados brasileiro e mundial, que precisa do apoio e da compreensão do Poder Judiciário e dos credores para superar essa crise”, afirma a Americanas no pedido de recuperação.

A empresa é representada pelos escritórios Basilio Advogados e Salomão, Kaiuca, Abrahão, Raposo e Cotta.

Com mais de 40 mil funcionários e uma rede de 3.500 lojas, a Americanas faturou R$ 39 bilhões nos primeiros 9 meses de 2022. Ela está entre as maiores varejistas do país, ao lado de Magazine Luiza e Via (dona das marcas Casas Bahia e Ponto).

CERCO DOS BANCOS

Em fato relevante divulgado na manhã desta quinta, a Americanas já havia informado que estava “trabalhando com a possibilidade de aprovar o ajuizamento, em caráter de urgência, de pedido de recuperação judicial”.

A situação da empresa piorou significativamente nas últimas 24 horas. Na quarta (18), a Justiça do Rio de Janeiro, em apreciação de um mandado de segurança do BTG Pactual, concedeu ao banco o direito de bloquear R$ 1,2 bilhão em contas das Americanas, para garantir parte do pagamento da dívida da empresa.

Outros bancos fizeram o mesmo. O Bradesco, por exemplo, decidiu reter R$ 450 milhões da Americanas. Itaú e Safra pediram à Justiça para que a varejista só possa sacar o dinheiro que tem depositado em suas contas mediante autorização prévia.

“A Americanas informa que, diante da atitude unilateral dos credores, sua posição de caixa atingiu R$ 800 milhões, e parcela significativa deste valor está injustificadamente indisponível para a movimentação da companhia desde ontem”, escreveu a empresa, em comunicado.





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