O Supremo Tribunal Federal (STF) diz que é falsa a informação constante de vídeo que circula na internet a respeito do custeio da viagem de ministros a Nova York para participar da conferência do Lide Brazil Conference. O material atribui erroneamente o custeio da viagem ao STF, quando na verdade não houve custo algum para os cofres públicos.
Em meio a especulações sobre quem bancou todos os gastos com passagens, hospedagem e refeições de cinco dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para encontro de empresários em Nova York, a direção do pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) — empresa de eventos ligada ao ex-governador de São Paulo João Doria —, informou ter custeado as despesas dos magistrados.
O evento garantiu que não pagou cachê a nenhum palestrante da Brazil Conference, realizada entre os dias 14 e 15.
“Os palestrantes da Brazil Conference viajaram a convite do Lide, que custeou passagens aéreas, hospedagem, alimentação e transfers. E não houve pagamento de cachê a nenhum expositor”, informou a organização do evento.
Viajaram às expensas do Lide os ministros Alexandre de Moraes, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.
PEDIDO DE INFORMAÇÕES
As despesas dos ministros na viagem aos Estados Unidos para falarem sobre a democracia já são alvo de uma ação no próprio STF. O advogado Carlos Alexandre Klomfahs protocolou petição por meio da qual pede informações sobre os gastos e quem bancou tudo.
O argumento é que o “órgão de cúpula do Poder Judiciário exige observância de ética e transparência”
“Tais participações sem as respectivas prestações de contas podem abrir um precedente perigoso para cumprimento dos deveres institucionais do Supremo Tribunal Federal, violando vários princípios republicanos”, diz um trecho do pedido..