Dois subprocuradores-gerais bateram boca durante sessão extraordinária do CSMPF (Conselho Superior do Ministério Público Federal). O procurador-geral da República, Augusto Aras, estava presente no encontro e presenciou a discussão entre os subprocuradores-gerais Hindemburgo Chateaubriand e Nívio de Freitas. Hindemburgo questionou se o colega estava “nervoso” durante a confusão.
Ao ser questionado por Aras sobre o seu voto na pauta da reunião, Nívio votou, mas aproveitou para comentar sobre ter “sérias dúvidas da conveniência e necessidade” na aquisição de embarcações e aeronaves pelo MPF. Em outubro, Aras anunciou que o MPF estava fazendo “estudos preliminares para comprar seis aviões de pequeno porte para atender o trabalho desenvolvido pelo órgão, principalmente na região Amazônica.
“Conselheiro Nívio, eu vou só lhe pedir um favor. Estamos aqui em um processo de avaliação da reestruturação. O senhor votou, entendo que o senhor…”, interrompeu Hindemburgo.
Então, os subprocuradores-gerais começam a bater boca. “Fala baixo. Eu vou falar porque o senhor está deliberando sobre um assunto. Está ficando nervoso conselheiro, Nívio? O senhor está alterado. Não é momento de o senhor fazer discurso político sobre a aquisição de aeronaves. Nós estamos aqui tentando resolver o problema e o senhor está tentando passar para uma outra discussão que não é pertinente. Eu pediria ao senhor, encarecidamente”, disparou Hindemburgo.
Nívio pediu um pouco de paciência, declarou ter paciência com o colega e continuou a fala, mas foi interrompido novamente por Hindemburgo: “Vossa senhoria reagiu da forma histérica como reagiu, como várias vezes criticou pessoas que reagiram, de forma histérica”.
Já Nívio rebate: “Eu não vou discutir com o doutor Hindemburgo, que sempre perde a razão. Muito obrigada”. Hindemburgo, que se levantou após sua última fala, volta e dispara: “Eu perco a razão, é verdade. Eu perco a razão diante do quê?”.
Enquanto o colega fala, Nívio tira o fone de ouvido e Aras precisa repetir a pergunta sobre como o subprocurador votava. A sessão prosseguiu após o conflito.
Com informações do Uol