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Relatório das Forças Armadas não exclui possibilidade de fraude ou inconsistência nas urnas, diz Ministério da Defesa

jurinews.com.br

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O relatório sobre as eleições de 2022 e o sistema eletrônico de votação foi divulgado na quarta-feira (9) após ser enviado pelo Ministério da Defesa ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O documento afirma que não foram constatadas irregularidades no processo eleitoral e que os boletins de urna impressos estão em conformidade com os dados disponibilizados pelo TSE.

No entanto, o Ministério da Defesa divulgou uma nota na manhã desta quinta-feira (10) afirmando que o relatório das Forças Armadas sobre as eleições não exclui a possibilidade de fraude ou inconsistência nas urnas.

“O Ministério da Defesa esclarece que o acurado trabalho da equipe de técnicos militares na fiscalização do sistema eletrônico de votação, embora não tenha apontado, também não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022”, diz a nota.

“Não é possível assegurar que os programas que foram executados nas urnas eletrônicas estão livres de inserções maliciosas que alterem o seu funcionamento”, acrescenta o texto.

O Ministério da Defesa informa também que solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), “com urgência”, a realização de uma investigação técnica sobre a compilação do código-fonte e de uma “análise minuciosa” dos códigos que efetivamente foram executados nas urnas eletrônicas.

Para isso, foi criada uma comissão específica de técnicos da sociedade civil e de técnicos representantes das entidades fiscalizadoras.

A nota tem como objetivo, segundo Ministério, “evitar distorções do conteúdo do relatório”. O conteúdo destaca que o relatório indicou “importantes aspectos que demandam esclarecimentos”.

Entre eles, são citados:

– “houve possível risco à segurança na geração dos programas das urnas eletrônicas devido à ocorrência de acesso dos computadores à rede do TSE durante a compilação do código-fonte”

– “os testes de funcionalidade das urnas (Teste de Integridade e Projeto-Piloto com Biometria), da forma como foram realizados, não foram suficientes para afastar a possibilidade da influência de um eventual código malicioso capaz de alterar o funcionamento do sistema de votação”

– “houve restrições ao acesso adequado dos técnicos ao código-fonte e às bibliotecas de software desenvolvidas por terceiros, inviabilizando o completo entendimento da execução do código, que abrange mais de 17 milhões de linhas de programação”.


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