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TSE nega ação que pedia inelegibilidade de Lula por “possível dependência alcoólica”

jurinews.com.br

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou uma ação que pedia a inelegibilidade de Lula (PT) por “possível dependência alcoólica”. O pedido foi movido pelo candidato a deputado estadual paranaense Ogier Buchi (PL), mas foi rejeitado pelo ministro Carlos Horbach, relator do processo. O magistrado afirma que o registro da candidatura do petista já transitou em julgado. A ação foi assinada pelo advogado Mário Migliozzi, que já participou de lives com o empresário Luciano Hang, aliado de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Conforme o pedido de Buchi, o petista não teria “moralidade” para o exercício de mandato presidencial “tendo em vista sua dependência e(ou) uso abusivo de bebida alcoólica, faltando-lhe os requisitos necessários para o exercício da Chefia do Executivo Federal”. A ação ainda pediu que Lula fosse submetido a uma perícia médica para comprovar a suposta dependência de álcool. O candidato a deputado estadual recorreu do indeferimento.

A ação se baseou em uma montagem que viralizou no final de agosto após ser publicada nas redes do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL). Conforme o vídeo, o ex-presidente teria discursado bêbado em um evento realizado na USP às vésperas do início da campanha eleitoral. Para apontar que o suposto episódio de embriaguez teria repercutido na imprensa, Buchi usou como referência uma checagem do site Boatos.org que aponta o próprio material como falso.

O pedido do candidato do PL também relembra controvérsias ocorridas ao longo do primeiro mandato do ex-presidente, como uma reportagem do New York Times de 2004, chamada “Hábito de bebericar de Lula vira preocupação nacional”, que rendeu à época ao jornalista norte-americano Larry Rohter ameaças de deportação pelo governo brasileiro.

Em 2018, Buchi tentou ser candidato a governador do Paraná pelo extinto PSL, ex-partido de Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, o advogado teve sua candidatura impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral paranaense a pedido de sua própria sigla. Na época, o político registrou sua candidatura ao governo por conta e a revelia do PSL, que à época havia decidido apoiar Ratinho Júnior (PSD).

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