A disputa pela vaga do Quinto Constitucional do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), em vaga destinada à advocacia, tem um fato interesse: mãe e filho poderão atuar juntos no mesmo tribunal.
Entre os 25 candidatos postulantes, um deles, o advogado Carlos Henrique Magnavita Ramos Júnior, se destaca dos demais por ter um apoio caseiro de peso. Ele é filho da desembargadora do TJ-BA, Ivone Bessa Ramos.
No momento em que registrou sua inscrição, Magnavita comemorou em seu perfil no Instagram e foi saudado pela desembargadora:
“Deus lhe abençoe meu filho. Boa sorte guerreiro!, escreveu Ivone Bessa.
Ela recebeu do filho um agradecimento: “obrigado, mãe!”, respondeu o advogado.
Mas antes de chegar ao TJ-BA, Magnavita precisará ser um dos nomes mais votados pela advocacia baiana para integrar a lista sêxtupla que será encaminhada ao tribunal. A votação ocorrerá no dia 13 de outubro.
Após receber da OAB-BA a lista sêxtupla, caberá ao TJ-BA escolher três nomes e encaminhar a nova lista para escolha do governador da Bahia.
TENTATIVA FRUSTADA
Essa não é a primeira tentativa do advogado de ocupar um cargo no Poder Judiciário.
Em junho de 2019, Carlos Magnativa foi impedido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de assumir o cargo de juiz efetivo do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), na classe jurista.
Ele foi um dos escolhidos pelo TJ-BA para a vaga, mas teve sua postulação negada pela prática de nepotismo, uma vez que o TSE manteve o entendimento de que é a vedada a indicação de cônjuges e parentes até o terceiro grau de membros do TJ.
O QUE DIZ O ADVOGADO
Em nota ao site Política Livre, da Bahia, o advogado Carlos Magnativa Jr. reafirmou sua candidatura à lista sêxtupla, salientando que a sua inscrição já foi “acolhida, nos termos da legislação vigente”.