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TSE abre canal direto entre juízes eleitorais e aplicativos para coibir ódio na campanha

jurinews.com.br

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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai criar nos próximos dias um canal exclusivo de comunicação entre juízes eleitorais e as plataformas que operam redes sociais para agilizar a remoção de postagens que incitem a violência política ou promovam ataques à democracia e ao processo eleitoral durante a campanha.

A intenção é coibir com a maior rapidez possível a propagação de discurso de ódio e a incitação à violência nas redes e, ainda, preservar as postagens como provas para que possam ser utilizadas contra os autores das mensagens ou contra quem as repassou na internet e por meio de aplicativos.

Hoje, o TSE mantém um canal para receber denúncias contra práticas como a disseminação de notícias falsas, o uso de robôs nas plataformas e disparos de mensagens em massa. Essas denúncias são repassadas às plataformas parceiras da Corte, entre elas Twitter, TikTok, WhatsApp, Facebook, YouTube, Instagram e Kwai, que são responsáveis por avaliar se as práticas violam seus termos de uso e em seguida decidir se removem ou não o conteúdo.

A Corte presidida pelo ministro Alexandre de Moraes entende, porém, que os casos envolvendo postagens que incitam a violência política ou promovem ataques contra o processo eleitoral merecem maior atenção e uma resposta mais rápida da Justiça Eleitoral.

Há cerca de um mês, um grupo de trabalho foi criado para discutir medidas para enfrentar a violência política nas eleições e decidiu pela criação de um fluxo especial para esse tipo de denúncia, com um canal de comunicação exclusivo entre os juízes eleitorais e as plataformas.

De acordo com o modelo que está em fase final de elaboração, as denúncias recebidas pelo tribunal serão analisadas com prioridade por uma comissão interna, repassadas à Promotoria Eleitoral competente para que o juiz correspondente possa decidir rapidamente se o conteúdo deve ou não ser removido.

Para que a decisão seja cumprida com urgência, o próprio juiz enviará sua decisão para a plataforma onde o foi feita a postagem, por meio de um e-mail exclusivo, para que a empresa exclua o conteúdo da rede e o disponibilize à Justiça.

Com informações do Metrópoles

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