Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, entrou com pedidos de habeas corpus para obter liberdade no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Superior Tribunal Federal (STF).
No STJ, o pedido será julgado pelo ministro João Otávio de Noronha, relator do caso, e que recebeu a liminar conclusa para decisão no dia 2 de agosto.
Já no STF, o pedido de liberdade foi peticionado no dia 30 de julho, e a relatoria caberá ao ministro Gilmar Mendes, também já em fase de conclusão.
Atualmente, Monique Medeiros encontra-se presa no Instituto Penal Santo Expedito, em cela adaptada e separada de outras presas para evitar ameaças.
“Atualmente, o processo encontra-se na fase de alegações finais do Ministério Público. Depois, seguirá para o assistente de acusação e a defesa dos réus. Após esse momento, a juíza do caso vai apresentar sua pronúncia, impronúncia, absolvição sumária ou desclassificação. Mas independente disso, entramos com os habeas corpus para buscar a liberdade da Monique”, disse o advogado Hugo Novais, que representa a mãe de Henry, juntamente com Thiago Minagé.
De volta à prisão
Monique Medeiros voltou a ser presa no dia 29 de junho por decisão do desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que acatou um recurso do Ministério Público (MP) contra uma decisão da 2ª Vara Criminal do Rio do início de abril que permitiu que Monique fosse solta, usando tornozeleira eletrônica.
A decisão da 2ª Vara Criminnal foi concedida pela juíza Elizabeth Machado Louro, que manifestou preocupação com as ameaças narradas por Monique e que viriam de outras presas.
Impasse com Adriana Belém
Ao ser presa novamente, Monique Medeiros, foi levada para a cela da delegada Adriana Belém – presa por suspeita de envolvimento com a quadrilha do bicheiro Rogério Andrade -, que não aceitou a chegada da presa e exigiu sua saída.
Belém alegou que a cela em que ela se encontra é “classificada como de estado maior, a qual só faz jus a profissionais de segurança pública” e, por isso, não poderia ficar com outros presos que não são agentes. Após discussão no local, Monique acabou sendo transferida para outra cela.
Monique Medeiros é ré, juntamente com o ex-vereador Dr. Jairinho, no processo que investiga a morte do filho dela, Henry Borel. Segundo a polícia, Jairinho torturava o menino, e a mãe sabia.
Com informações do G1