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TRT-13 realiza audiências para pessoas surdas com tradutor de libras

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O Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região (TRT-13) oferece à população da Paraíba o atendimento a pessoas surdas, com a disponibilidade de intérpretes para Língua Brasileira de Sinais (Libras) em audiências relacionadas à Justiça do Trabalho. No ano passado, o portal do tribunal já havia disponibilizado o uso da ferramenta VLibras, promovendo essa acessibilidade no meio digital, além de estabelecer um Balcão Virtual. Agora, é a vez de trazer isso para o atendimento presencial, bastando informar previamente a necessidade de um intérprete.

Em uma audiência realizada na 6ª Vara do Trabalho de João Pessoa, no Fórum Maximiano Figueiredo, uma trabalhadora surda reivindicava seus direitos trabalhistas, especialmente as horas extras não pagas e sequer registradas por seu empregador. Auxiliando todo o processo, estava um servidor do TRT-13 que fazia a mediação entre os ouvintes e a funcionária surda.

Responsável por presidir a audiência, o juiz substituto fixo da 6ª VT, Clóvis Rodrigues Barbosa relatou como foi a experiência de atender pela primeira vez uma reclamante surda com o auxílio do intérprete. “Foi muito tranquilo, conseguimos fazer com que ela comunicasse sua queixa de maneira clara e os detalhes necessários para podermos analisar a situação de maneira objetiva. Tudo transcorreu de maneira fluida”, pontuou o juiz.O juiz substituto fixo da 6ª VT, Clóvis Rodrigues Barbosa, ressaltou a importância desse serviço

A reclamante optou por não fazer declarações após o encerramento da audiência, mas o intérprete de Libras explicou que essa é uma situação comum. “Para qualquer pessoa, por mais tranquila que seja uma audiência, é uma situação bem estressante, já que por vezes há o confronto direto entre as partes”, informou Petrônio Leitão. O servidor da 8ª Vara do Trabalho presta esse serviço de intérprete ao TRT-13, após começar a aprender a Língua Brasileira de Sinais há cerca de cinco anos.

Durante a audiência, foi possível perceber a importância do trabalho do intérprete de Libras, já que ele não apenas funciona como um tradutor para ambas as partes, mas proporciona uma ponte de comunicação entre surdos e ouvintes, criando um ambiente seguro e de acessibilidade irrestrita a todos. “Os surdos, que é o termo que eles preferem que seja usado, já que não se consideram deficientes ou portadores de doença, precisam ter acesso a serviços que todo cidadão tem por direito. Nós, os ouvintes, precisamos nos adaptar e oferecer isso, não o oposto”, argumentou.

Para o juiz Clóvis Rodrigues Barbosa, essa é uma maneira de fazer com que a Justiça do Trabalho seja exercida com amplitude. “Está na palavra da lei, a Justiça precisa chegar a todos, de maneira ampla. Sem esse tipo de iniciativa, não é possível exercê-la de maneira plena”, reforçou.

Com informações do TRT-PB

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