O Ministério Público Federal em São Paulo solicitou ao WhatsApp para que considere a possibilidade de adiar para 2023 a aplicação da novidade da plataforma intitulada de “comunidades”. A modalidade permitirá que sejam criados grupos para mais de dois mil usuários membros.
A peça foi encaminhada à empresa no último sábado 16, através de um ofício endereçado ao setor de políticas públicas da companhia que administra o aplicativo de mensagens.
O MPF teme que a nova ferramenta permita a difusão em larga em escala de notícias falsas e de desinformação durante o período eleitoral. O órgão, assim como outras instâncias do Judiciário, trabalha para mitigar a disseminação de fake news sobre candidatos e sobre a lisura das eleições.
A novidade foi anunciada pelo WhatsApp recentemente e visa ampliar a funcionalidade dos grupos, hoje restritos a pouco mais de 250 integrantes cada.
No cenário nacional, há a expectativa pela sua implementação ainda neste ano. O objetivo do MPF é evitar a implementação do recurso durante o processo eleitoral.
O MPF cita, como exemplo do potencial “risco” da adesão em época de eleição, o caso recente da invasão popular ao Capitólio, nos Estados Unidos.
O ato foi motivado por uma campanha de desinformação em massa, que inflamou americanos a atacarem um dos principais prédios do Poder em Washington, após a derrota do então presidente Donald Trump para Joe Biden.
Com informações do Metrópoles