O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado (16/4) que vai sugerir uma reunião com representantes do WhatsApp no Brasil para discutir o acordo firmado entre o aplicativo e o Tribunal Superior Eleitoral.
Na última quinta-feira (14), o WhatsApp anunciou uma nova ferramenta para criação de grupos com milhares de usuários — chamados de “comunidades”. No entanto, conforme combinado com o TSE, o recurso será liberado apenas após o segundo turno das eleições, que acontecerá no dia 30/10.
Bolsonaro disse que o acordo é “inadmissível e inaceitável”. Ele quer descobrir se a regra vale apenas para o Brasil. Na sua visão, seria uma prova clara de “interferência” na liberdade de expressão. “No Brasil, ou o produto está aberto para todo mundo ou tem restrição para todo mundo”, afirmou. As declarações foram feitas à CNN.
O presidente informou já ter pedido ao ministro das Comunicações, Fábio Faria, para marcar a reunião. “Se eles [do WhatsApp] podem fazer um acordo desses com o TSE, podem fazer comigo também, por que não?”, questionou.
“Essa última informação agora que o WhatsApp pode ter uma política mundial, ninguém vai reclamar. Agora, [por que] apenas para o Brasil o disparo em grupo poderá ser realizado depois das eleições? ‘Ah, depois das eleições não vai ter mais fake news?’”, questionou Bolsonaro.