O presidente Jair Bolsonaro criticou, nesta sexta-feira (15), o acordo feito entre o Tribunal Superior Eleitoral e o WhatsApp para que mudanças no aplicativo, como a possibilidade de enviar mensagens para milhares de pessoas de grupos diferentes,só comecem a valer no Brasil após as eleições deste ano. Ele afirmou que a medida é “inadmissível, inaceitável e que não será cumprida”, sem dar explicações.
“E já adianto que isso que o WhatsApp está fazendo no mundo todo, sem problema. Agora abrir uma excepcionalidade no Brasil, isso é inadmissível e inaceitável. E não vai ser cumprido esse acordo que porventura eles realmente tenham feito com o Brasil, com informações que eu tenho até este momento”, afirmou Bolsonaro.
O WhatsApp anunciou, nesta quinta-feira (14), uma nova funcionalidade na plataforma. O recurso, chamado de Comunidades, vai permitir que os administradores enviem mensagens a diferentes grupos ao mesmo tempo. O lançamento no Brasil, porém, só ocorrerá após as eleições deste ano.
Na prática, a novidade permite disparos em massa para diversos grupos de interesses comuns. Isso acende um alerta quanto ao envio de informações falsas em ano de eleição, mas a empresa ressaltou que nenhum recurso novo será implementado antes do pleito de 2022.
A declaração foi dada por Bolsonaro durante motociata em São Paulo. Os participantes saíram do Sambódromo do Anhembi, na zona norte da capital paulista, e foram em direção a Americana, no interior do estado. De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública), o evento custou R$ 1 milhão aos cofres públicos para o reforço da segurança, com mais de 1.900 policiais trabalhando.