A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu nesta quarta-feira (30) a Medalha Mietta Santiago (nível platina), concedida pela Câmara dos Deputados. A comenda é destinada a pessoas, instituições, campanhas, programas ou movimentos de cunho social por iniciativas relevantes em defesa do direito das mulheres no Brasil.
Em discurso por vídeo, a ministra disse que estava “extremamente honrada” com a outorga, especialmente por se tratar de condecoração que homenageia a advogada, escritora, poeta e sufragista Mietta Santiago. “Ela foi uma das primeiras mulheres brasileiras a lutar pelos direitos políticos, inclusive por via judicial, em 1928, em uma iniciativa pioneira”, apontou. Mietta questionou, por meio de um mandado de segurança, a proibição do voto feminino no Brasil. Conseguiu assim o direito de votar e o de concorrer ao cargo de deputada federal.
A ministra Rosa Weber agradeceu a deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (União-TO), responsável pela sua indicação. “Temos a certeza de que nós, mulheres, passo a passo, avançamos no caminho da concretização efetiva da igualdade de gênero, assegurada no texto constitucional, e da participação nos espaços de poder”, declarou.
A indicação da ministra decorreu do reconhecimento da bancada feminina da Câmara dos Deputados pelos seus relevantes serviços prestados ao Brasil e, em especial, pelas iniciativas na área de direitos humanos e cidadania. Entre elas, seu voto, como relatora, a favor da aplicação de, no mínimo, 30% dos recursos e do tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão em candidaturas de mulheres.
O evento ocorreu no Plenário Ulysses Guimarães e encerrou as comemorações do Mês da Mulher, que neste ano têm como foco os 90 anos da instituição do voto feminino no Brasil. As agraciadas desta quarta-feira foram escolhidas pela bancada feminina em 2019, mas, devido à pandemia, a entrega da medalha foi adiada.
Também receberam a medalha a ex-ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luciana Lóssio, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) e as professoras Telma Maria de Menezes Toledo Florêncio (Universidade Federal de Alagoas) e Lúcia Maria Teixeira (Universidade Santa Cecília).
Com informações do STF