O atentado sofrido pela advogada Nayara Acha Prestes nesta quarta-feira (26), em Campos de Goytacazes (RJ), deixou a advocacia estarrecida. Baleada por um cliente que não queria pagar os honorários em processo de inventário, Nayara ainda está hospitalizada mas passa bem. Ela lutou contra o homem para defender sua própria vida e as cenas mostradas pela Jurinews trouxeram à tona a insegurança vivida pelos profissionais no dia a dia.
Em nota de repúdio divulgada nesta quinta-feira (27), a OAB Nacional anunciou uma importante medida para acompanhar os casos de violência praticados contra advogados.
“São estarrecedoras as imagens do ataque à advogada Nayara Gilda Gomes Acha Prestes, baleada por um cliente em seu escritório. O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e a sua Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia nomearam um de seus integrantes para, com a OAB do Rio de Janeiro, adotarem todas as medidas para punir exemplarmente a violência suportada pela advogada. Dentre as medidas está a sugestão encaminhada pelo presidente da CNDPVA da criação de uma comissão específica de defesa da vida das advogadas e advogados brasileiros. É preciso que a OAB enfrente todos esses atentados contra a advocacia, a fim de que a profissão seja respeitada e valorizada”, diz a nota.
A sugestão de criação de uma comissão especial de defesa da vida dos advogados foi apresentada por Alexandre Ogusuku, presidente da Comissão Nacional de Defesa das Prerrogativas e Valorização da Advocacia (CNDPVA).
APOIO LOCAL
A diretoria da OAB-RJ também lamentou o atentado sofrido pela advogada. Assim que soube do caso, a Subsecão de Campos e a Comissão de Prerrogativas da OAB-RJ iniciaram o atendimento à advogada e estão acompanhando o desenrolar do caso, com a exigência de uma apuração célere e a consequente punição do autor.
“A Seccional do Rio de Janeiro defende intransigentemente o enfrentamento a todas as formas de violência, com ênfase na violência de gênero pelas suas características nefastas no cotidiano das mulheres, e repudia mais este episódio trágico e abominável”, destaca a nota da OAB-RJ.