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Juiz determina à Prevent Senior pagar R$ 1,9 milhão para idoso que recebeu o “Kit Covid”

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O juiz da 30ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Guilherme Santini Teodoro, determinou à rede Prevent Senior que faça um depósito de R$ 1,9 milhão para pagar o tratamento de um idoso que, ao ser atendido em um hospital da franquia, recebeu o chamado “kit covid”, ficou sem Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e precisou ser transferido para outra unidade de saúde particular.

A decisão cabe recurso. Confira a íntegra do documento.

A ação foi movida pela esposa do idoso, que relatou ter inicialmente levado o marido ao Hospital Sancta Maggiore, da rede da Prevent Senior. Segundo os autos, o idoso teria recebido o “kit covid” ao invés de ter sido internado em uma UTI. A família insistiu e ele foi movido para uma semi-UTI.

Após o agravamento do quadro do paciente, a esposa decidiu retirá-lo do Santa Maggiore e leva-lo ao Hospital Albert Einstein. Em decisão, o juiz Guilherme Teodoro apontou haver “elementos de falha em atendimento médico-hospitalar” por parte da Prevent Senior.

“A aparente falha em atendimento médico-hospitalar da rede credenciada da ré, com quadro de insuficiência respiratória, instabilidade hemodinâmica, sepse, piora progressiva e falta de bloqueador neuromuscular necessário para adequada ventilação, determinou, por decisão da família com médico de confiança, transferência para o hospital Albert Einstein, na ocasião, aparentemente, o único com vaga em UTI, sobrevindo, então, melhor atendimento até alta que, segundo o relatório referido, demorou por causa das intercorrências e atrasos no tratamento adequado no hospital Sancta Maggiore”, registrou.

O magistrado fixou a obrigação do depósito de R$ 1,9 milhão em até 5 dias sob pena de multa diária de 1% do valor. O dinheiro deverá ser usado para pagar a conta do Hospital Albert Einstein. Segundo o juiz Teodoro, a Prevent Senior pode ser obrigada a arcar com as despesas porque se tratou de caso “urgente ou emergencial e falho ou insuficiente” por parte de sua rede credenciada.

Alvo da CPI da Covid no Senado, a Prevent Senior é investigada pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo) por suspeitas sobre fraudes em laudos de óbitos para ocultar que internados da rede morreram de covid-19, omitindo que a doença levou os pacientes à internação.

A apuração também mira suposta coação da empresa a seus médicos, que eram obrigados a prescreverem medicamentos do chamado “tratamento precoce”, como cloroquina, azitromicina, ivermectina e flutamina. Nenhum deles tem eficácia contra a covid-19.

Com informações do Poder360

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