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PGR denuncia casal que arrecadou R$ 1 milhão em Pix para acampamento de QG do Exército em Brasília, no 8 de Janeiro

jurinews.com.br

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou um casal que teria arrecadado mais de R$ 1 milhão para financiar a alimentação dos manifestantes acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, após a eleição de 2022. Rubem Abdalla Barroso Júnior e Eloísa da Costa Leite foram acusados de associação criminosa e incitação ao crime, por fornecerem “suporte material e moral” aos atos golpistas de 8 de janeiro.

Segundo a denúncia, Rubem era o responsável pela “Barraca do Abdalla”, uma tenda que servia refeições gratuitas aos radicais. Ele teria utilizado a chave Pix de sua esposa, Eloísa, para receber as doações que mantinham a estrutura. A PGR afirma que “parte da quantia angariada foi destinada para incitar a prática de atos antidemocráticos mediante o fornecimento de alimentos aos frequentadores do QGEx”.

A investigação revelou que, entre novembro de 2022 e janeiro de 2023, a conta de Eloísa recebeu cerca de R$ 1 milhão. Desse valor, R$ 738 mil foram repassados para outras contas, sendo usados na compra de mantimentos para o acampamento.

A denúncia, oferecida em 9 de julho e cujo sigilo foi recentemente levantado, aponta ainda que “há fortes indícios de que os valores recebidos tenham sido convertidos em benefício próprio“.

Após a desmobilização do acampamento, Rubem realizou 17 saques em dinheiro vivo, totalizando R$ 19,3 mil. Para a PGR, a atitude demonstra uma “tentativa de burla dos limites regulatórios dos órgãos de controle“.

A Polícia Federal (PF) identificou Rubem em uma transmissão ao vivo, feita em 4 de janeiro de 2023, onde ele incentivava manifestantes a viajarem para Brasília. No vídeo, ele diz: “Reúna seus guerreiros, paguem o ônibus, faça esse esforço, chamem os empresários, o agronegócio, mas migrem para Brasília, o ponto de encontro é o QG“.

A PGR ofereceu ao casal a possibilidade de um acordo de não persecução penal (ANPP). Esse benefício jurídico permite que réus de crimes de menor potencial ofensivo, sem violência, e com pena máxima de até quatro anos, confessem o crime e cumpram uma série de medidas, como pagamento de multa e serviços comunitários, para evitar o processo criminal.

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