Em um movimento diplomático com forte repercussão política, a embaixada dos Estados Unidos intensificou a ofensiva contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A ação acontece em um momento crucial, já que o magistrado se prepara para relatar o recurso que pode definir a manutenção ou reversão da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em uma publicação na rede social X (antigo Twitter), a representação americana classificou Moraes como o “principal arquiteto da censura e perseguição” contra Bolsonaro e seus apoiadores. O comunicado acusa o ministro de “flagrantes violações de direitos humanos” e afirma que essas supostas violações motivaram sanções impostas pela lei global Magnitsky, determinadas pelo ex-presidente Donald Trump. A mensagem ainda alertou que aliados de Moraes no Judiciário e em “outras esferas” foram avisados para não apoiar a sua conduta.
A publicação, feita às vésperas de um julgamento de alta relevância, é interpretada nos bastidores como uma tentativa de pressionar não apenas Moraes, mas também os outros ministros da 1ª Turma do STF, que irão decidir o futuro imediato de Bolsonaro.
Além de Alexandre de Moraes, a 1ª Turma conta com Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia. O julgamento, ainda sem data confirmada, deve testar a coesão interna da Turma e a capacidade do STF de resistir a pressões externas, como a explícita manifestação diplomática norte-americana.