A Auditoria da Justiça Militar absolveu, por 4 votos a 1, o sargento Rafael Chaves Oliveira e os cabos Rodrigo Correia Frias e Marcos Felipe da Silva Salviano. Os três militares eram acusados de fraudar o local da morte de Kathlen Romeu, uma jovem de 24 anos que estava grávida quando foi atingida por um tiro de fuzil no Complexo do Lins, em junho de 2021. Os militares eram acusados de falso testemunho e fraude processual.
A auditoria, composta por um juiz de Direito e quatro militares superiores da Polícia Militar, também inocentou todos os policiais da acusação de terem recolhido cápsulas de fuzis do local. A promotoria já havia pedido a absolvição por falta de provas do capitão Jeanderson Corrêa Sodré, comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Lins, e do cabo Cláudio da Silva Scanfela. As defesas alegaram que as argumentações do Ministério Público (MP) foram genéricas e sustentadas em suposições.
O Ministério Público informou que irá recorrer da decisão da Auditoria da Justiça Militar. “O julgamento em segunda instância é no Tribunal de Justiça, sem participação de militares. Esse julgamento foi apenas por fraude processual. O homicídio já está correndo no Tribunal de Justiça”, explicou o MP.
JÚRI POPULAR
Os policiais militares Rodrigo Correia de Frias e Marcos Felipe da Silva Salviano ainda serão submetidos a júri popular pela morte de Kathlen Romeu. A data do julgamento ainda não foi definida, e os réus aguardam o processo em liberdade.
O caso ocorreu em 8 de junho de 2021, quando a modelo e designer de interiores Kathlen Romeu, que estava grávida de 14 semanas, foi atingida no tórax por um tiro de fuzil. Ela havia acabado de deixar a casa da avó, que morava na comunidade do Complexo do Lins. Segundo a acusação do Ministério Público do Rio, os tiros teriam partido dos policiais militares Rodrigo Correia de Frias e Marcos Felipe da Silva Salviano, que, em patrulhamento, teriam entrado na comunidade atirando na direção de um grupo de criminosos.
