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Em desagravo a Moraes, Lula reúne em jantar apenas 6 dos 11 ministros do STF após sanção dos EUA

Reprodução: Estadão

jurinews.com.br

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Seis dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estiveram na noite desta quinta-feira (31/7) em um jantar no Palácio da Alvorada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No encontro, os ministros reafirmaram que a atuação da Corte não sofrerá mudanças, apesar das pressões do presidente dos EUA, Donald Trump. Lula, por sua vez, prestou total apoio ao tribunal.

Estiveram presentes no encontro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo, Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Edson Fachin. Os cinco primeiros são considerados os principais interlocutores de Lula no STF. Fachin deve estreitar o relacionamento com o presidente a partir de setembro, quando assumirá a presidência da Corte.

Não compareceram ao jantar os ministros Kassio Nunes Marques, André Mendonça, Luiz Fux, Dias Toffoli e Cármen Lúcia. Os três primeiros se notabilizaram por defenderem, tanto no plenário quanto na Primeira Turma, posicionamentos diversos de Moraes nos processos relacionados à tentativa de golpe de Estado.

O jantar foi realizado no último dia do recesso do Supremo. As atividades serão oficialmente retomadas nesta sexta-feira (1º de agosto), com uma sessão no plenário. Discursos em defesa do ministro Moraes e da independência do Judiciário brasileiro estão programados.

Além dos integrantes do STF, também estavam no evento o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet. Nenhuma das autoridades quis falar ao fim do encontro.

Lula convidou os ministros para jantar após a sanção imposta pelos EUA a Moraes, com base na Lei Magnitsky. Antes disso, o presidente já havia conversado com Barroso, Mendes e Zanin sobre o assunto.

A estratégia jurídica para responder às investidas de Trump ainda não foi definida, mas sabe-se que será comandada pela Advocacia-Geral da União (AGU). Como a jurisdição do STF se limita ao Brasil, o próprio tribunal não poderá atuar diretamente no caso em território estrangeiro.

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