O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu no dia 16 de julho, manter a prisão preventiva do general Walter Braga Netto. O militar da reserva, que foi vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, está preso desde dezembro do ano passado. Ele é acusado de obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado no país, que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro Moraes negou o pedido de soltura feito pela defesa do general, que ocupou os cargos de ministros da Casa Civil e da Defesa na gestão Bolsonaro. Segundo os advogados, a ação penal do Núcleo 1 da trama golpista caminha para o julgamento final, e não haveria motivos para a manutenção da prisão.
Apesar da argumentação apresentada pela defesa, Moraes entendeu que a prisão de Braga Netto deve ser mantida. “A situação fática permanece inalterada, tendo sido demonstrada a necessidade da manutenção da prisão preventiva para assegurar a aplicação da lei penal e resguardar a ordem pública, em face do perigo gerado pelo estado de liberdade do custodiado e dos fortes indícios da gravidade concreta dos delitos imputados”, declarou o ministro.
Durante as investigações, a Polícia Federal (PF) identificou que o general, réu por ser um dos principais articuladores do plano golpista, tentou obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Após a prisão, a defesa negou que Braga Netto tenha obstruído as investigações.