Três pessoas foram condenadas pelo Juízo da 1ª Vara Criminal de Taguatinga (DF) por extorsão qualificada após atraírem uma vítima por meio de um aplicativo de relacionamentos e a manterem em cativeiro. As penas variam entre oito e nove anos de reclusão.
CRIME ENVOLVEU AMEAÇA E RESTRIÇÃO DE LIBERDADE
De acordo com o Ministério Público do Distrito Federal, um dos réus usou o aplicativo para marcar um encontro com a vítima, que foi rendida ao chegar ao local combinado. Trancada em um apartamento em Taguatinga (DF), a vítima foi obrigada a desbloquear o celular e fornecer senhas bancárias, permitindo que os criminosos realizassem transações que totalizaram R$ 8.400.
Durante o período em cativeiro, os criminosos usaram uma arma de choque para intimidar a vítima e chegaram a ameaçá-la com um ferro de passar quente.
CONDENAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO DO JUIZ
As defesas alegaram falta de provas e pediram a redução das penas, incluindo a exclusão do agravante referente à restrição de liberdade. No entanto, o juiz destacou a gravidade do crime e reforçou que as provas apresentadas, como vídeos e extratos bancários, confirmavam a participação do trio.
“As circunstâncias do delito revestem-se de excepcional gravidade, uma vez que a extorsão foi praticada em concurso de pessoas, com emprego de arma e com restrição da liberdade da vítima”, afirmou o magistrado na sentença.
Diante da periculosidade dos réus e do risco à ordem pública, o pedido para que respondessem em liberdade foi negado. O Tribunal não divulgou o número do processo.