O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou que não pautará pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante sua gestão. Em entrevista ao senador Jorge Kajuru na RedeTV!, ele destacou que tal medida poderia intensificar a polarização política e gerar prejuízos à população brasileira.
Alcolumbre criticou a atual lei de impeachment, que remonta à ditadura militar, defendendo sua modernização. Segundo ele, a abertura de processos contra integrantes da Suprema Corte não resolveria os desafios do país e poderia comprometer a harmonia entre os Três Poderes. “Temos que buscar com que cada Poder possa conviver dentro das suas atribuições, um respeitando o outro, sem avançar a linha da autonomia e da autoridade de cada poder”, afirmou.
O senador também se manifestou sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, argumentando que as penas aplicadas aos envolvidos devem ser moduladas. Embora reconheça a gravidade dos acontecimentos, ele considera inviável uma anistia generalizada, pois isso comprometeria o devido processo legal. “Não pode ser uma anistia para todos de maneira igual. E também não pode, nas decisões judiciais, ser uma punibilidade para todos na mesma gravidade”, disse.
Sobre a reforma ministerial, Alcolumbre revelou que ainda não foi consultado pelo presidente Lula, mas acredita que essa conversa ocorrerá em breve. Ele participou das negociações para a composição do atual governo e foi responsável pela indicação de Waldez Góes ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional.
O presidente do Senado também delineou suas prioridades legislativas para o primeiro semestre de 2025, com foco na desburocratização e no incentivo ao empreendedorismo. Após o Carnaval, ele se reunirá com líderes partidários para definir uma lista com 50 pautas prioritárias até o meio do ano, com o objetivo de melhorar o ambiente de negócios e facilitar a abertura de empresas no Brasil.
