Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolaram, nesta terça-feira (25), um pedido para impedir os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino de participarem do julgamento da denúncia sobre o plano de golpe. O requerimento foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e será analisado pelo presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso.
A defesa argumenta que Zanin deve ser declarado impedido porque, antes de assumir a vaga no STF, assinou uma notícia-crime contra Bolsonaro em nome do PT, na qual o acusava de ataques às instituições. A peça incluía a tipificação de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, um dos crimes apontados na atual denúncia.
Em relação a Flávio Dino, os advogados mencionam uma queixa-crime que o ministro moveu contra Bolsonaro por calúnia, injúria e difamação quando era governador do Maranhão.
Na segunda-feira (24), Dino afirmou que não há motivos para seu impedimento no julgamento e garantiu que o processo seguirá as regras legais com isenção e respeito à ampla defesa.
Os advogados do ex-presidente também solicitaram que o prazo para apresentação da defesa prévia seja suspenso até a decisão final sobre os impedimentos. Atualmente, Bolsonaro e os outros 33 denunciados têm 15 dias para apresentar seus argumentos ao STF, prazo que começou a contar no dia 19 de fevereiro.
Bolsonaro já havia tentado afastar o ministro Alexandre de Moraes das investigações, mas os pedidos foram rejeitados por Barroso.