O ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, declarou que foi vítima de uma “armação” e que está sendo tratado como um “monstro” após as acusações de assédio sexual, que levaram à sua demissão do governo Lula, em setembro de 2024. Em uma publicação nas redes sociais, Almeida afirmou estar enfrentando uma tentativa de apagamento de sua trajetória e que busca “justiça” diante das alegações. Ele afirmou ainda que “se o morto levanta, acabou o velório”.
A denúncia contra o ex-ministro veio a público após a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, relatar que Almeida teria assediado fisicamente e sussurrado uma frase desrespeitosa em seu ouvido. Outras alegações foram confirmadas pela ONG Me Too Brasil na época, intensificando a repercussão do caso.
Almeida nega todas as acusações e diz que sua reputação foi atacada injustamente. “Queriam me apagar. Apagar o professor respeitado e tantas vezes homenageado pelos alunos. O advogado diligente. O companheiro, o amigo, o pai. Tentaram me transformar repentinamente em um monstro, um homem que sempre enganou milhares de pessoas, um ‘abusador’ de mulheres”, afirmou.
INVESTIGAÇÕES E RETORNO À VIDA PÚBLICA
O caso segue em investigação pela Polícia Federal e pela Comissão de Ética da Presidência, que analisam as denúncias contra o ex-ministro. Desde sua saída do governo, Almeida tem feito poucas declarações públicas, mas nos últimos meses passou a se manifestar com mais frequência sobre o assunto.
Além de rebater as acusações, o ex-ministro anunciou que retomará as transmissões em seu canal no YouTube, começando com um vídeo sobre a política dos Estados Unidos. Ele também revelou que lançará um novo livro em 2025, além de ter outros quatro títulos em produção.
“Eu estou vivo, continuo indignado e não quero compaixão nem ‘segunda chance’. Eu quero justiça”, concluiu.