Nesta quarta-feira (5), durante o julgamento da “ADPF das Favelas” no Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes defendeu o uso de armamento pesado em operações policiais contra tráfico de drogas e milícias no Rio de Janeiro. “Qualquer operação contra milícias, contra o tráfico de drogas me parece óbvio que o armamento a ser utilizado é o armamento mais pesado possível que a polícia tenha”, declarou Moraes, enfatizando a necessidade de força máxima para enfrentar o crime organizado.
Moraes rebateu críticas à atuação policial no estado, destacando que não há como restringir o uso de armas letais em áreas dominadas por facções criminosas. “É impossível que nós, aqui no Supremo Tribunal Federal, insinuemos que a polícia possa ingressar numa operação contra a milícia, contra o tráfico de drogas, sem armas letais”, afirmou.
O ministro também mencionou a importância de permitir o uso de helicópteros e a realização de operações perto de escolas e hospitais, argumentando que proibir tais ações só beneficia os criminosos. “A partir do momento em que se veda isso ou se restringe, as milícias e o tráfico estão utilizando essas áreas para realizar o crime”, explicou Moraes.
Ele criticou a romantização da vida nas comunidades em produções audiovisuais, ressaltando que grande parte da população dessas áreas vive sob o domínio do tráfico e das milícias. “A população, em grande parte dessas áreas, é escravizada pelo tráfico de drogas e escravizada pelas milícias. Se discordarem de algo, são mortos”, enfatizou o ministro, reforçando a gravidade da situação e a necessidade de operações policiais enérgicas.
Moraes defendeu que o STF não deve interferir em detalhes operacionais das forças de segurança e que é fundamental garantir a segurança da população com ações robustas e bem equipadas.