A defesa do tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, do Exército, ingressou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar restabelecer as visitas de familiares ao militar, preso desde novembro de 2024 no Comando Militar do Planalto, em Brasília. Azevedo foi detido no âmbito da operação Contragolpe, da Polícia Federal, sob suspeita de envolvimento em um suposto plano de golpe de Estado que incluiria ataques contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
As visitas foram suspensas em dezembro, após um episódio em que a irmã de Azevedo tentou entrar na unidade com um fone de ouvido oculto em uma caixa de panetone. Na última quinta-feira, o advogado Jeffrey Chiquini apresentou um pedido ao STF solicitando a reconsideração da suspensão, com o objetivo de permitir visitas remotas por videoconferência, especialmente da esposa e da filha do militar.
No recurso, a defesa argumentou que os familiares de Azevedo estão dispostos a abrir mão da privacidade durante as visitas, autorizando o acompanhamento integral por um militar designado. Além disso, os advogados afirmaram que o tenente-coronel não teve envolvimento na conduta isolada da irmã e pediram que isso não fosse usado para prejudicar o direito do custodiado ao contato com seus familiares.
Um pedido anterior para retomada das visitas já havia sido negado, mas a defesa insiste na reconsideração, destacando a necessidade de avaliação mais ampla das circunstâncias do caso.