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PF encerra inquérito sobre plano de golpe de Estado e indicia Bolsonaro e outros 36

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A Polícia Federal concluiu nesta quinta-feira, 21, as investigações sobre uma suposta organização criminosa que, em 2022, teria atuado para tentar manter o então presidente Jair Bolsonaro no poder de forma ilegal. O inquérito, conduzido no âmbito das operações Tempus Veritatis e Contragolpe, resultou no indiciamento de 37 pessoas, incluindo Bolsonaro, ex-ministros e outras figuras políticas de destaque.

Entre os indiciados estão o general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Bolsonaro; o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; e Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Também figuram na lista Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da presidência.

De acordo com o relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), os investigados podem responder por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e participação em organização criminosa. A PF aponta que o grupo se estruturou em núcleos específicos, como desinformação, inteligência paralela e incitação de militares, o que facilitou a individualização das condutas dos envolvidos.

As apurações tiveram como base uma série de medidas autorizadas pela Justiça, incluindo quebras de sigilo, buscas e apreensões, e colaborações premiadas. Segundo a PF, as evidências colhidas ao longo de quase dois anos demonstram que a suposta organização agia de forma coordenada e premeditada.

Ainda durante as investigações, foi revelado que o plano golpista envolvia não apenas ações para deslegitimar o sistema eleitoral, mas também a suposta eliminação de figuras-chave, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Com o envio do relatório final ao STF, a Polícia Federal encerra oficialmente as investigações. O próximo passo será a análise do material pelas autoridades judiciais, que decidirão sobre o andamento do caso.

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