Desde 8 de janeiro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu cerca de 1.000 ameaças, resultando em uma média de três intimidações diárias. Essas ameaças, que foram feitas por e-mail, carta e telefone, visam ministros e a integridade da Corte. Para lidar com a situação, o STF implementou rigorosos protocolos de segurança para a recepção de correspondências, incluindo triagens com raio-X.
O monitoramento de potenciais autores de ataques considera fatores como posse de armas, atividade em redes sociais com discursos antidemocráticos e capacidade financeira para realizar ações violentas. Nas últimas 24 horas após um atentado em que um homem-bomba se explodiu em frente ao STF, a Corte recebeu um número elevado de mensagens enaltecendo o ato.
O autor do atentado, Francisco Wanderley Luiz, possuía um carro que explodiu no estacionamento da Câmara dos Deputados e mantinha explosivos em uma casa alugada em Ceilândia (DF). Ele se suicidou durante o ataque, vestindo uma roupa alusiva ao Coringa. E-mails anônimos enviados ao STF glorificaram Luiz como um mártir na luta contra a Corte.
Durante uma coletiva de imprensa, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, revelou que Luiz tinha planos de matar ministros do STF, especialmente Alexandre de Moraes. O atentado está ligado a investigações sobre os eventos golpistas ocorridos em 8 de janeiro.
Como resposta ao aumento das ameaças e ao atentado, o STF reforçou suas medidas de segurança. Grades foram instaladas ao redor do prédio e a Polícia Judiciária continuará a garantir a segurança da Corte. Além disso, há planos para restringir o acesso aos estacionamentos próximos ao STF.
O diretor-geral da PF destacou que grupos extremistas estão ativos no Brasil e que os explosivos usados eram artesanais, mas com grande potencial destrutivo. As investigações continuam para determinar se Luiz participou dos atos antidemocráticos de janeiro.
Redação, com informações do Metrópoles