Mais de mil advogados e advogadas de todo o estado participaram do lançamento oficial da chapa “Coragem para Mudar”, liderada por Xênia Guerra, candidata à presidência da OAB-MT. O evento, que ocorreu no sábado (19), em Cuiabá, marcou o início da campanha e surpreendeu pelo fato de Xenia ser moradora do interior do estado.
Durante o lançamento, Xênia Guerra destacou a importância de uma OAB que realmente represente os interesses da advocacia e lamentou o distanciamento da gestão atual.
“Hoje é um dia de celebração, de agradecer a confiança de cada um de vocês neste projeto. A nossa chapa é formada por pessoas que vivem a advocacia, por quem está fora da bolha e quer devolver para a classe a tomada de decisão sobre o que será feito com nosso dinheiro. Queremos reestruturar a Ordem, para que ela volte a ser o escudo da advocacia”, afirmou Xênia.
Ela também criticou o fato de que, se a advocacia se sentisse representada, não haveria quatro chapas concorrendo. “Disseram que não conseguiríamos nem cinco assinaturas, mas hoje estamos aqui, com dois terços do colégio de presidência nos apoiando. Disseram que esse movimento não encheria uma van, e agora temos um verdadeiro tsunami. A advocacia está se vendo neste projeto porque ele é plural, gigante, e representa tanto o interior quanto a capital.”
O candidato a vice-presidente, Fernando Figueiredo, também reforçou o distanciamento da gestão atual, lembrando que foi secretário-geral da OAB e que, ao longo do tempo, observou o afastamento da atual administração em relação aos advogados. “Eu estou apoiando a chapa ‘Coragem para Mudar’ porque vimos que a atual gestão se afastou da democracia. A OAB não pode ser de uma única pessoa. A nossa instituição precisa ser coletiva, abraçar o interior e a capital. Nós escolhemos esse nome porque é preciso ter coragem para mudar”, declarou Figueiredo.
O evento reuniu membros da chapa e também presidentes de várias subseções do estado de Mato Groso. Xenia conta com o apoio de 20 presidentes das 29 subseções e busca construir uma gestão que seja participativa, plural e que defenda as prerrogativas dos advogados de todo o estado.
“O que nós estamos fazendo nessa caminhada conjunta da capital e do interior, da advocacia pública, da advocacia privada, é iniciar uma nova era que vai deixar um legado para advocacia brasileira. É isso que nós estamos fazendo, não é um projeto de poder. Esse é um projeto para todos”, declarou.
