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Cármen Lúcia condena violência nas campanhas eleitorais e exige respeito à democracia

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A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, fez um forte pronunciamento condenando os recentes episódios de violência envolvendo candidatos e seus assessores durante a campanha eleitoral. Sem citar incidentes específicos, a ministra destacou a necessidade de uma resposta rápida das autoridades competentes, determinando que a Polícia Federal (PF), o Ministério Público e os tribunais regionais eleitorais (TREs) priorizem a investigação e o julgamento de casos relacionados à violência política.

Durante a abertura da sessão plenária, Cármen Lúcia ressaltou que a violência no cenário político representa uma afronta direta à sociedade e à democracia. Ela criticou o que chamou de “tática ilegítima e desqualificada de campanha”, que, segundo ela, atenta contra a cidadania ao rebaixar o debate político a atos de agressão e desrespeito.

Em um tom firme, a presidente do TSE afirmou:

“Por despreparo, descaso ou tática ilegítima e desqualificada de campanha atenta-se contra cidadãs e cidadãos, atacam-se pessoas e instituições e, na mais subalterna e incivil descompostura, impõe-se às pessoas honradas do país, que querem entender as propostas que os candidatos têm para a sua cidade, sejam elas obrigadas a assistir cenas abjetas e criminosas, que rebaixam a política a cenas de pugilato, desrazão e notícias de crimes.”

Cármen Lúcia também chamou a atenção para a responsabilidade dos partidos políticos, que utilizam recursos públicos nas campanhas, afirmando que esses não podem compactuar com atos de violência e desrespeito às regras democráticas:

“Não podem [partidos] pactuar com desatinos e cóleras expostas em cenas de vilania e desrespeito aos princípios básicos da convivência democrática.”

A ministra reforçou a importância do respeito mútuo por parte dos candidatos e suas equipes de campanha, destacando que eles devem, no mínimo, respeitar a cidadania brasileira:

“Há que se exigir, em nome do eleitorado brasileiro, que candidatos e seus auxiliares de campanha deem-se ao respeito. E se não se respeitam, respeitem a cidadania brasileira, que ela não está à mercê de cenas e práticas que envergonham e ofendem a civilidade democrática.”

Contexto de violência nas campanhas

As declarações da ministra Cármen Lúcia vêm na esteira de uma série de episódios de violência envolvendo candidatos. O mais recente aconteceu na última segunda-feira (23), quando Duda Lima, publicitário do atual prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB), foi agredido por Nahuel Medina, assessor do candidato Pablo Marçal (PRTB), após um debate eleitoral promovido pelo grupo Flow.

Outro incidente violento ocorreu duas semanas atrás, quando o candidato Datena (PSDB) agrediu Pablo Marçal com uma cadeira durante um debate televisivo promovido pela TV Cultura.

Esses episódios de agressão têm trazido preocupação sobre a escalada da violência nas campanhas eleitorais, levando a ministra do TSE a reforçar a necessidade de que candidatos, partidos e suas equipes ajam com civilidade e respeito ao processo democrático.

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