English EN Portuguese PT Spanish ES

Juiz é preso e outro recebe tornozeleira em operação do Ministério Público

jurinews.com.br

Compartilhe

Dois juízes e advogados foram alvos na manhã desta quinta-feira (1) de uma operação do Ministério Público do Espírito Santo. Um dos magistrados foi conduzido para o presídio da Polícia Militar. O outro, assim como mais sete advogados, vão receber tornozeleira eletrônica.

A Operação Follow the Money foi realizada por meio da Procuradoria-Geral de Justiça e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Central e Norte), com o apoio da Polícia Militar.

Foram cumpridos mandados judiciais em face de agentes públicos e particulares envolvidos em possíveis delitos de organização criminosa (Lei nº 12.850/2013), lavagem de capitais (Lei nº 9.613/98), corrupção ativa, corrupção passiva, fraude processual e falsidade documental. 

Esta fase consiste no cumprimento de 7 mandados de prisão preventiva, 30 mandados de busca e apreensão, 2 mandados de afastamento funcional de agentes públicos, 13 mandados de suspensão do exercício da atividade profissional, proibição de contato entre pessoas, proibição de acesso às dependências de órgãos públicos, além de monitoramento eletrônico, todos expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, atendendo a requerimentos do Ministério Público contra 34 (trinta e quatro) pessoas envolvidas no esquema. 

Segundo o MPES, as investigações colheram evidências contundentes do envolvimento de agentes públicos, advogados e particulares em ações judiciais simuladas a partir de documentação falsa, direcionamento da distribuição dos processos e emissão indevida de alvarás, com indícios de recebimento de vantagem indevida e lavagem de ativos.

Residências de investigados, locais de trabalho, dependências de órgãos públicos e de empresas suspeitas de integrar o esquema são alvos das diligências.

Ao todo, 9 membros do Ministério Público coordenam os trabalhos, auxiliados por 97 policiais.

Por nota, a Associação dos Magistrados do Espírito Santo (Aages) reitera seu compromisso com a transparência, a ética e o respeito às instituições. ‘Destacamos que todos os magistrados são submetidos às mesmas normas e procedimentos que qualquer cidadão, e que a apuração de fatos deve ser realizada de forma imparcial, garantindo o direito à ampla defesa e ao contraditório”.

Acrescentou que confia na Justiça e no processo legal para a elucidação dos fatos. “Ressaltamos que os juízes, como qualquer outro cidadão, tem o direito de apresentar sua defesa e esclarecer as acusações a ele imputadas”.

Por último, informou que disponibilizou assessoria jurídica para seu associado, o juiz Maurício Camatta Rangel, acrescentando que ele está sendo assistido pela comissão de prerrogativa da associação. “Continuaremos acompanhando o caso de perto, zelando pela integridade e independência do Poder Judiciário, e reforçando a importância do devido processo legal para todos. Informamos ainda que o juiz Bruno Fritoli não é associado”. As informações são da Gazeta.


Deixe um comentário

TV JURINEWS

Apoio

Newsletters JuriNews

As principais notícias e o melhor do nosso conteúdo, direto no seu email.