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Ao STF, PF diz que desvio de joias no governo Bolsonaro se ligou à produção de fake news e uso indevido do Estado

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A Polícia Federal (PF) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório indicando que o desvio de joias durante o governo de Jair Bolsonaro está relacionado à produção de fake news e ao uso indevido de recursos do Estado. A investigação revela um esquema que envolve a apropriação indevida de itens de alto valor, que deveriam ter sido incorporados ao patrimônio da União, e sua utilização em campanhas de desinformação.

“Concluindo pela existência de fortes indícios de desvio de bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras ao Presidente da República ou agentes públicos a seu serviço, e posterior ocultação da origem, localização e propriedade dos valores provenientes, com identidade de agentes já investigados por outros fatos nesta SUPREMA CORTE, o que evidencia a conexão probatória com diversos inquéritos que tramitam no âmbito do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, que investigam condutas atentatórias à própria CORTE, tal como o lnq. 4.781/DF, das Fake News e, especialmente, a prática de diversas infrações criminais por milícias digitais atentatórias ao Estado Democrático de Direito, investigada no Inq 4.874/DF”, escrecveu a PF.

Segundo a PF, as joias, presentes dados ao governo brasileiro por representantes de outros países, foram desviadas e não integraram o acervo público. Esses itens, avaliados em milhões de reais, teriam sido utilizados para fins pessoais e políticos, desviando-se das funções institucionais a que deveriam servir.

A investigação apontou que parte dos recursos obtidos com a venda dessas joias foi destinada à produção e disseminação de notícias falsas. Essas fake news tinham como objetivo influenciar a opinião pública e desestabilizar opositores políticos. A PF destacou que as campanhas de desinformação foram intensificadas em períodos eleitorais e momentos de crise política, exacerbando a polarização e a desinformação no país.

Além do desvio de joias, o relatório indica que houve um uso indevido de recursos e estrutura do Estado para promover interesses pessoais e políticos do ex-presidente e seus aliados. A PF identificou que veículos oficiais, segurança e outros recursos foram utilizados para fins que não se alinham com as funções públicas, configurando abuso de poder e desvio de finalidade.

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