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Ex-juíza dá dica a golpistas e chama abolição da democracia de “migué”

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Ludmila Lins Grilo, ex-juíza compulsoriamente aposentada e atualmente alvo de três processos administrativos disciplinares no Conselho Nacional de Justiça (CNJ), fez declarações polêmicas durante o Congresso Conservador Brasileiro, realizado em Massachusetts (EUA). No evento, ela qualificou a abolição da democracia como “migué jurídico” e deu conselhos para os manifestações golpistas, sugerindo que estas ocorram na Avenida Paulista, em São Paulo, ao invés de Brasília.

“A Avenida Paulista é infinitamente mais segura para fazer uma manifestação política do que em Brasília. Na Paulista, não tem STF, não tem Palácio do Planalto. Lá, ninguém vai te acusar de golpe de Estado, de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, que é um ‘migué jurídico’, né?”, afirmou Ludmila.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que participou de forma virtual do evento, criticou a influência das pautas de esquerda e mencionou o caso de Diego Falcão, ex-preparador físico da Seleção Brasileira de Basquete Feminino, dispensado após apoiar um projeto de lei contra o aborto. Bolsonaro afirmou que aqueles que discordam das pautas progressistas enfrentam dificuldades em suas vidas.

Outros participantes notáveis incluíram Allan dos Santos, blogueiro foragido, Major Vitor Hugo, ex-deputado federal pelo PL de Goiás, e advogados de detidos pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

EX-JUÍZA ENSINOU A ANDAR SEM MÁSCARA NA PANDEMIA

Ludmila Grilo, que atuava na Vara Criminal e da Infância e Juventude de Unaí (MG), foi aposentada compulsoriamente pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) em maio de 2023. Ela ganhou notoriedade em janeiro de 2021 ao divulgar um vídeo ensinando como andar sem máscara em shoppings durante a pandemia de Covid-19, desrespeitando as medidas de segurança vigentes.

Desde fevereiro de 2021, Ludmila está afastada cautelarmente do cargo após o CNJ abrir processos administrativos disciplinares. As investigações incluem críticas públicas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), promoção de um canal de um blogueiro foragido e participação em um congresso de natureza política, em desacordo com o Código de Ética da magistratura.

Outro processo investiga a recusa de Ludmila em retornar ao trabalho presencial sem permissão e aponta irregularidades em sua atuação, incluindo 1.291 processos paralisados.

As recentes declarações de Ludmila no evento em Massachusetts reforçam sua postura controversa e anti-establishment, agora no contexto de um público conservador fora do Brasil.

Redação, com informações do Metrópoles

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