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Presidente afastada da CAARN acusa Aldo Medeiros de perseguição política e machismo

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A crise instalada na OAB-RN após a abertura de sindicância para apurar os atos da presidente da Caixa de Assistência dos Advogados (CAARN) está apenas começando. Na noite desta segunda-feira (10), em sua primeira entrevista após pedir afastamento da função, a advogada Monalissa Dantas acusou mais do que se defendeu. Ela conversou com a jornalista Thaísa Galvão sobre os últimos acontecimentos e disse ser vítima de perseguição política e de machismo institucional.

“Não esperava da OAB uma condenação antecipada como estão fazendo comigo desde a semana passada. Deixei de ser a super-presidente internamente e para os advogados para ser investigada. O trabalho da CAARN sempre foi motivo de incômodo, principalmente, por parte do presidente da OAB-RN”, declarou.

“O clima na atual gestão da OAB-RN é de muitas intrigas, mimimi e confusões internas. Após o presidente Aldo Medeiros me procurar para pedir apoio para sua reeleição, disse que não me sentia à vontade de apoiar ele mais uma vez por tudo que vinha passando. Então, é muita coincidência o que está acontecendo agora. Isso me leva a acreditar que estou sendo alvo de perseguição política por não apoiar a reeleição do presidente e de machismo institucional por ser mulher e jovem e ter meu trabalho reconhecido pelos advogados e até nacionalmente”, apontou Monalissa.

A Operação Caixa-Preta, como vem sendo chamada por advogados, ainda é cercada de muitos questionamentos. A própria investigada alegou não ter conhecimento das acusações que lhe estão sendo imputadas. “Tive que constituir um advogado para ter acesso a sindicância mas até o momento ainda não recebemos nada de documentos para que possa me defender. O que existe é uma condenação antecipada feita pela instituição que tem o dever de zelar pelo direito de defesa”.

Ela também criticou o fato da sessão do Conselho da OAB-RN que tratou das acusações ter ocorrido de forma secreta. “Foram quase três horas de uma reunião sigilosa para tratar desses assuntos sem a minha participação e sem que os advogados pudessem acompanhar pela internet”, frisou.

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