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Ao STF, governador do RJ nega que operação na Maré tenha sido ‘vingança’

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O governador do Rio, Claudio Castro, informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a operação no Complexo da Maré, na semana passada, não foi para vingar a morte de dois policiais em outra operação. Castro se explicou após o pedido de informações do ministro Edson Fachin na chamada ADPF das favelas.

O blog teve acesso à manifestação de Castro ao STF. Nela, o governador diz que a suspeita de que ele permitiu uma operação para vingar a morte de policiais “beira a irresponsabilidade” e que a operação autorizada por ele encontrou um arsenal. 

Castro disse que a operação “resultou na apreensão de um verdadeiro arsenal de guerra e na prisão de diversos indivíduos, muitos deles de fora do Estado do Rio de Janeiro” e completou dizendo que “é imprescindível refutar as leviandades… a respeito do suposto planejamento e/ou realização de denominadas “operações de vingança” em razão da trágica morte de 2 policiais na aludida operação”.

Nesta quarta-feira (12), o complexo de favelas foi alvo de operações pelo 2º dia seguido. Na terça, um cerco do Bope contra ladrões de carros deixou 5 mortos e terminou com 23 presos e 1 menor, apreendido. Em represália, o tráfico fechou a Avenida Brasil e as linhas Vermelha e Amarela.

Fachin analisa um pedido do PSB e da Defensoria Pública do RJ por protocolos para próximas ações na Maré. A petição solicita, por exemplo, que sejam mobilizados policiais portando câmeras corporais gravando de modo ininterrupto; que ambulâncias acompanhem as investidas; e que locais com mortes sejam preservados para perícia.

O pedido foi feito dentro da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 635, a ADPF das Favelas. Nesse processo, do qual Fachin é o relator, o STF estabeleceu critérios para a realização de operações policiais em favelas do Rio.

Castro disse que a operação seguiu as normas previstas.



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