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Defesa de Robinho pede ao STF prioridade no julgamento de recurso contra prisão

jurinews.com.br

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A defesa do ex-jogador Robinho pediu nesta quinta-feira (6) que o Supremo Tribunal Federal (STF) dê prioridade ao julgamento de um recurso contra decisão que determinou o cumprimento imediato da pena de 9 anos por estupro coletivo a que foi condenado pela Justiça italiana. 

Em março, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) atendeu ao pedido do governo italiano e autorizou o cumprimento da pena de Robinho. O ex-jogador está preso na Penitenciária 2 de Tremembé (SP). 

A Constituição brasileira impede a extradição de brasileiros natos para cumprimento de penas no exterior.

A defesa de Robinho recorreu ao STF, mas o ministro Luiz Fux manteve a ordem do STJ para início imediato da pena. 

Segundo os advogados, a questão do ex-jogador, por envolver conflito entre um cidadão brasileiro e um governo estrangeiro, deve ter prioridade. 

“A matéria tratada no presente habeas corpus envolve controvérsia constitucional relevante, que diz respeito sobre a possibilidade de início de cumprimento de pena a que foi condenado cidadão brasileiro nato por força de decisão estrangeira homologada por acórdão do colendo Superior Tribunal de Justiça, o qual ainda não transitou em julgado.”

A defesa argumentou ainda que “o debate apresenta temas inéditos, merece, data venia, uma reflexão aprofundada de todo o Supremo Tribunal Federal”. 

Nesta quarta (5), a Corte Especial do STJ determinou que Ricardo Rocha Falco cumpra imediatamente no Brasil a pena da Justiça Italiana. 

Falco é amigo do ex-jogador Robinho. Os dois foram condenados na Itália, em todas as instâncias possíveis, a 9 anos de prisão pelo crime de estupro em grupo contra uma mulher de origem albanesa, hoje com 32 anos.

O crime ocorreu em 2013, em uma boate de Milão, quando Robinho era jogador do Milan. A decisão final sobre o caso na Itália saiu em janeiro de 2022.

O governo da Itália acionou o governo brasileiro para que os dois cumprissem a pena no Brasil.

O STJ não julgou novamente a acusação contra o ex-jogador, ou seja, não revisitou o caso, avaliando fatos e provas. A manifestação foi feita apenas com relação à dúvida se Robinho poderia ou não ser preso no Brasil.

Os ministros entenderam que é possível a transferência da pena para o Brasil,porque o processo contra Robinho e Falco respeitou todas as exigências legais.




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