Enquanto não anuncia oficialmente o nome do ministro para o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua ouvindo sugestões ousadas para a vaga.
Um dos nomes que segue incansável na disputa é o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Benedito Gonçalves.
Próximo ao presidente, ele também é atualmente ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e vem fazendo um trabalho na Corte eleitoral bastante elogiado por Lula.
A estratégia de Benedito passa por um compromisso para se aposentar antes do previsto.
Hoje, aos 69 anos, o ministro estaria disposto a trocar 5 anos e meio que ainda lhe resta no STJ por apenas três anos no STF, antecipando sua aposentadoria ainda no primeiro semestre de 2026. Assim, ele abriria a vaga para Lula indicar um novo ministro em seu último ano de governo.
Interlocutores junto ao presidente insistem em convencê-lo a acreditar na promessa de Benedito. Seria uma forma de atender ao critério racial, devolvendo ao STF um ministro negro, o quarto em toda a história da Corte.
Se não lograr êxito nessa primeira vaga que, ao tudo indica, deverá ser do advogado Cristiano Zanin, Benedito larga na frente na disputa pela vaga da ministra Rosa Weber que já se aposentará no próximo mês de outubro.
Defensores do nome de Benedito para o STF dizem que a única coisa que pesa contra ele é o tempo. Menos de três anos é pouquíssimo tempo para ser ministro da Suprema Corte. Mas Benedito já sinalizou que para ele isso não será empecilho.
Ao que tudo parece, o que mais interessa a Benedito é encerrar a carreira na magistratura como ministro do STF.
