Direito e Gestão

Por Carlos Kelsen Santos

Análises de um advogado entusiasta da gestão jurídica 

Quem escreve

Mestre em Administração e Especialista em Direito Privado. Professor universitário e autor do livro “Planejamento Estratégico em Escritórios de Advocacia: a importância de planejar a prestação de serviços”. Sócio do Lucio Teixeira dos Santos Advogados.

STJ absolve ex-prefeito de improbidade administrativa por falta de dolo

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) absolveu um ex-prefeito de Ilha Solteira (SP) acusado de improbidade administrativa por irregularidades em uma licitação. A decisão, proferida pelo ministro Paulo Sérgio Domingues, destaca que, após as mudanças introduzidas pela Lei 14.230/2021, apenas atos dolosos podem configurar improbidade administrativa.

Segundo os autos, o Ministério Público não apontou dolo na conduta do réu, que foi condenado na instância inferior por ato ímprobo culposo. Contudo, o ministro lembrou que, com a declaração de inconstitucionalidade dos artigos 5º e 10 da Lei 8.429/1992 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a modalidade culposa deixou de ser aplicável a casos de improbidade.

O ministro explicou que a Lei 14.230/2021 trouxe a “novatio legis in mellius”, ou seja, aplicabilidade imediata de uma norma mais benéfica ao réu, o que reforça a exigência do dolo para a configuração de atos de improbidade.

“Não há que se falar em ilícito de lesa-probidade na hipótese dos autos, sendo insubsistente a condenação tal como firmada na origem”, concluiu Domingues ao reformar a decisão.

A decisão reafirma o entendimento consolidado pelo STF, que estabelece a necessidade de dolo para qualquer penalização no âmbito da improbidade administrativa, fortalecendo o princípio da segurança jurídica nos processos judiciais.

Redação, com informações do TRF-1

Mauro Cid presta depoimento no STF

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), presta depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (21). Cid chegou à sede do Supremo