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Adiado o julgamento no STF sobre devolução de PIS e Cofins pagos a mais

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O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que vai definir se a União deve devolver aos contribuintes os valores cobrados indevidamente — em decorrência da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da Cofins — foi adiado para a próxima quarta-feira (12).

O caso está na pauta do Plenário da Corte desde a semana passada, mas, como o colegiado ainda não concluiu o julgamento sobre a inconstitucionalidade de uma norma da Lei de Propriedade Industrial, ainda não foi apreciado.

Em 2017, os ministros decidiram que o ICMS não integra a base de cálculo das duas contribuições, que são destinadas ao financiamento da seguridade social. Segundo a decisão, o valor recebido como ICMS repassado ao consumidor não pode ser considerado faturamento.

Por isso, o PIS e a Cofins devem incidir apenas sobre o valor efetivamente faturado pela empresa com a venda de seus produtos e mercadorias, sem incluir o imposto.

Restituição

Mas a decisão, baseada no voto da relatora, ministra Cármen Lúcia, não prevê limitação temporal ou material sobre a exclusão da base de cálculo do PIS e da Cofins. Em regra, as declarações de inconstitucionalidade possuem efeito retroativo.

Dessa maneira, sem a modulação dos efeitos, os contribuintes poderiam obter a restituição dos valores de ICMS pagos indevidamente nos cinco anos anteriores a cada ação. O ressarcimento poderia ser feito via pagamento de precatório ou via compensação.

O julgamento que deve ocorrer na próxima semana, assim, refere-se justamente a essa modulação de efeitos, pedida pela União em embargos de declaração.

Segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, o impacto nos cofres públicos pode chegar a R$ 250 bilhões — caso a devolução tenha que ser feita.

Com informações da Conjur

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