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“Interferência é inaceitável”: Lula reage à revogação de visto de ministros do STF pelo governo Trump

Reprodução: Youtube

jurinews.com.br

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como “inaceitável” a revogação dos vistos de entrada dos Estados Unidos de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciada pelo presidente Donald Trump. Em nota oficial da Presidência da República divulgada na manhã deste sábado, Lula expressou solidariedade aos ministros da Corte, chamando a medida de “arbitrária e completamente sem fundamento“.

Lula também afirmou que “nenhum tipo de intimidação ou ameaça” irá comprometer “a mais importante missão dos poderes e instituições nacionais, que é atuar permanentemente na defesa e preservação do Estado Democrático de Direito“.

TENSÕES DIPLOMÁTICAS

A medida imposta por Donald Trump é mais um passo na escalada de tensão entre o governo americano e o Palácio do Planalto. A decisão de revogar os vistos foi anunciada na sexta-feira pelo secretário de Estado dos EUA, o republicano Marco Rubio, que utilizou as redes sociais para informar ter determinado a suspensão imediata dos vistos americanos do ministro Alexandre de Moraes, de seus familiares e de “aliados no tribunal”. A sanção também foi estendida aos ministros Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Gilmar Mendes.

Há dez dias, Trump já havia comunicado por carta ao governo brasileiro a intenção de impor uma sobretaxa de 50% sobre todos os produtos brasileiros importados pelos EUA a partir de 1º de janeiro. Já nesta semana, o Escritório do Representante de Comércio dos EUA abriu uma investigação contra o Brasil devido a supostas práticas comerciais desleais, incluindo o Pix, com o objetivo de averiguar se elas estão restringindo de forma injusta as exportações americanas ao Brasil.

NOTA OFICIAL

Minha solidariedade e apoio aos ministros do Supremo Tribunal Federal atingidos por mais uma medida arbitrária e completamente sem fundamento do governo dos Estados Unidos. A interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável e fere os princípios básicos do respeito e da soberania entre as nações. Estou certo de que nenhum tipo de intimidação ou ameaça, de quem quer que seja, vai comprometer a mais importante missão dos poderes e instituições nacionais, que é atuar permanentemente na defesa e preservação do Estado Democrático de Direito.

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