A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu no dia 18 de julho, sexta-feira, o quarto voto a favor da validação da decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou medidas cautelares contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre as medidas impostas, está o uso de tornozeleira eletrônica.
Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Federal (PF) cumpriu uma operação de busca e apreensão contra Bolsonaro por determinação do ministro Moraes. Após o cumprimento das medidas, a decisão do ministro foi submetida a referendo em uma votação virtual da Primeira Turma da Corte.
Até o momento, o placar está 4 votos a 0 para manter as cautelares. Além de Moraes, os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia foram favoráveis à manutenção das medidas cautelares.
Para a ministra Cármen Lúcia, os indícios apontados contra Bolsonaro justificam as medidas. “A necessidade da manutenção das medidas cautelares decretadas na decisão que se propõe referendar está evidenciada pelas numerosas postagens juntadas no processo, nas quais constam indícios de esforços desenvolvidos por Eduardo Nantes Bolsonaro e Jair Messias Bolsonaro para interferir no regular trâmite da Ação Penal 2.688 [trama golpista], na qual Jair Bolsonaro é réu“, argumentou a ministra.
A votação ficará aberta até a próxima segunda-feira (21). Falta o voto do ministro Luiz Fux.