English EN Portuguese PT Spanish ES

Caso Bernardo: Justiça do RS aumenta penas de pai e madrasta do menino por tortura e abandono material

Reprodução/Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul

jurinews.com.br

Compartilhe

A 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) aumentou as penas de Leandro Boldrini e Graciele Ugulini, condenados pelos crimes de tortura e abandono material contra Bernardo Uglione Boldrini, morto em 2014 em Três Passos (RS). A decisão atendeu a recurso do Ministério Público do RS (MPRS) e determinou o cumprimento da pena em regime fechado.  

Leandro Boldrini, pai da vítima, e Graciele Ugulini, sua madrasta, tiveram a pena por tortura aumentada de cinco anos, seis meses e 20 dias para 13 anos e 15 dias de reclusão em regime fechado. No caso do abandono material, a condenação passou de dois anos e seis meses para quatro anos, nove meses e 15 dias de detenção, em regime semiaberto. A corte também aplicou multa equivalente a dez salários mínimos da época dos fatos, corrigida pelo IGP-M.  

O relator do recurso, desembargador João Pedro de Freitas Xavier, destacou que os réus não apenas deixaram de proteger Bernardo, como contribuíram ativamente para seu sofrimento físico e psicológico. Quanto ao crime de submissão a vexame e constrangimento, a punibilidade foi extinta por prescrição.  

Bernardo, de 11 anos, foi dopado e assassinado em 2014. Seu corpo foi encontrado em Frederico Westphalen (RS), dez dias após seu desaparecimento. O crime chocou o país e levou à condenação de Leandro, Graciele e dos irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz por homicídio e ocultação de cadáver.  

Além da condenação criminal, Leandro Boldrini teve seu registro médico cassado em 2024 pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), após recurso do MPRS contra decisão anterior do Conselho Regional de Medicina do RS (CREMERS). A medida foi inédita no país.  

O caso continua em tramitação na Justiça, com os réus cumprindo penas em regime semiaberto pelo homicídio. Leandro Boldrini teve seu primeiro julgamento anulado e foi condenado novamente em 2023.

Fonte: MPRS

Deixe um comentário

TV JURINEWS

Apoio

Newsletters JuriNews

As principais notícias e o melhor do nosso conteúdo, direto no seu email.